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Medida foi tomada pela Justiça a pedido do Ministério Público.
Jorge Cury é investigado por fraude em Ferraz de Vasconcelos.

A Justiça concedeu uma medida cautelar que proíbe a aproximação do médico e ex-coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Ferraz de Vasconcelos, Jorge Cury, de uma enfermeira. Ela é apontada pelo Ministério Público (MP) como testemunha no caso. A decisão acatou um pedido do MP.

Em entrevista, médico Jorge Cury nega existencia de esquema fraudulento no Samu de Ferraz (Foto: Carolina Paes)Em entrevista, médico Jorge Cury nega existência
de esquema fraudulento no Samu de
Ferraz (Foto: Carolina Paes)
Cury é suspeito de comandar um esquema de fraude no registro da presença dos médicos no Samu. No dia 10 de março, a médica Thauane Nunes Ferreira foi flagrada marcando ponto para colegas com dedos de silicone. Com ela, foram apreendidas seis próteses e comprovantes impressos pelo equipamento de controle de ponto em nomes de outros médicos.
De acordo com o Ministério Público, a enfermeira informou ter sido ameaçada por Jorge Cury por meio de ligação telefônica. A providência foi adotada visando a apuração de suposto crime de coação ilegal, informou o MP. Segundo Vagner da Costa, advogado de Cury, ele ainda não sabe o teor da acusação da testemunha. Ele disse ainda que é preciso confirmar se a ligação foi feita mesmo do celular do ex-coordenador.
O MP ainda pediu na medida cautelar a quebra de sigilo telefônico de Cury. No entanto, o advogado Vagner da Costa afirmou que a quebra não foi deferida pela Justiça. O Tribunal de Justiça de São Paulo não havia informado até as 12h se foi concedida ou não a quebra do sigilo telefônico do ex-coordenador.
Afastamentos
Por causa das suspeitas a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos afastou Aline Cury, Thauane, Jorge Cury e mais quatro médicos que tinham digitais nos dedos: Caio José Losito Mantovani, Ronnie Muniz de Oliveira, Rodrigo Gil de Castro Jorge, Felipe de Moraes
Outro lado
A médica Aline Cury disse ao G1 nesta segunda-feira (1º) que nunca cedeu as digitais para que os dedos de silicone fossem feitos. "Não sei como conseguiram. Uma hipótese pode ter sido quando cadastrei minhas digitais no relógio de ponto. Lembro que tive que bater minha digital de três a quatro vezes seguidas. Se alguém pegou as digitais, pode ter sido nessa ocasião", afirma.

A reportagem do
 G1 tentou entrar em contato com os médicos Rodrigo Gil de Castro Jorge, Felipe de Moraes, mas não conseguiu. Caio José Losito Mantovani e Ronnie Munis de Oliveira também não foram localizados.Já Jorge Cury ao G1 no mesmo dia que não tinha conhecimento de fraude. "Eu sabia que havia as próteses, mas não sabia se elas eram utilizadas. Não conhecia o motivo daquilo, como usavam e se usavam. Pra mim eram apenas moldes de dedos, não sabia que tinham digitais. Nunca conversei a respeito disso com a equipe. Os armários que ficavam nos alojamentos dos médicos eram de uso comum e ficavam abertos", afirma.
Em nota à produção do Fantástico, enviada no dia 17 de março, o advogado de Felipe de Moraes disse que o médico "não participou de nenhum esquema de fraude e que nunca recebeu dinheiro sem que tivesse trabalhado nos plantões."
Entenda o caso
Em 10 de março, a Guarda Municipal gravou imagens do momento em que a médica Thauane fraudava o sistema. Com a médica, foram apreendidos seis dedos de silicone e comprovantes impressos pelo equipamento que controla o horário dos funcionários. Ela chegou a ser detida por falsificação de documento público, mas foi solta porque a Justiça concedeu um habeas corpus. Em depoimento ao Ministério Público, Thauane contou como era o esquema e apontou que ele seria chefiado pelo então coordenador do Samu, Jorge Cury.
Médica Thauane chega com advogados à câmara de Ferraz. (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)Thauane já foi ouvida pelo Ministério Público e pela
Câmara de Ferraz (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
Na semana em que a fraude foi descoberta, o secretário municipal de Segurança, Carlos César Alves, disse que os médicos do Samu tinham que repassar o valor ganho pelos plantões não trabalhados a Jorge Cury.  A vantagem dos profissionais seria a flexibilização da agenda para poder trabalhar em outros locais. “Cada médico que participava do esquema pagava R$ 1,2 mil por turno de 24 horas aos fins de semana para o Jorge Cury”. Alves ainda afirmou que o pagamento era feito por transferência bancária.

Sobre o Autor... Unknown

Gosto de informações,atualidades e notícias recentes. Acredito que o mundo é como uma máquina, que precisa de várias peças para ter um bom funcionamento.Sendo assim, até a peça mais simples é de extrema importancia para gerar algo espetacular. Assim somos nós, se não fizermos a diferença e ser parte desse mundo.. quem será no seu lugar?
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