A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) cobrou urgência da Prefeitura de Suzano para a retirada dos vendedores ambulantes da passarela sobre a linha férrea, no centro da cidade. A cobrança veio do próprio presidente da empresa estadual, Mário Bandeira, em entrevista na sede da empresa, na capital. Ele explicou que mais atrasos na demolição da passarela podem comprometer o cronograma da obra da nova estação.
Logo após participar de uma reunião com o prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), para tratar de um projeto de revitalização da região central da cidade (leia mais na página 4), Bandeira concedeu entrevista à Imprensa e explicou que, na semana passada, a Prefeitura de Suzano foi informada da urgência. "Eles já estão alinhando uma data para que as pessoas sejam removidas de lá e a passarela seja demolida pela CPTM".
Questionado se a companhia já estipulou uma data limite para a remoção dos camelôs, o presidente respondeu afirmativamente, porém não se recordou da data, mas salientou que o prazo é curto. "O que nós colocamos para eles é que temos uma data que se não for respeitada vai atrapalhar o cronograma da obra", alertou, ao afirmar que ainda não sabia a data estipulada pela prefeitura.
Anteontem, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rogério Simões, responsável por resolver a questão, informou que em 90 dias a administração municipal deve criar um novo espaço para abrigar o comércio ambulante. O "Shopping Popular" é uma reivindicação antiga dos trabalhadores.
Há um ano
Há exatamente um ano, o DAT divulgava que a estimativa da CPTM era de que a passarela seria demolida em abril do ano passado. A gestão anterior do prefeito Marcelo Candido (PT) fez uma série de reuniões para discutir o assunto com os ambulantes, mas terminou o mandato sem dar um destino a eles.
A reportagem procurou a prefeitura na tarde de ontem para saber se havia alguma nova definição de prazo para a retirada dos vendedores e das barracas. A Secretaria de Comunicação Institucional (Secoi) informou que o prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB) determinou empenho para resolver a questão e que nos próximos dias deve ser anunciado o local para onde serão destinados os trabalhadores do comércio informal.
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