Moradores reclamam que tiveram que sair de casas sem indenização.
SPMar diz que documento que garante posse sai apenas com depósito.
Casas e comércios começaram a ser demolidos por causa da obra, mas muitas pessoas ainda esperam pelas indenizações.
A promotora Florenci Cassab Milani juntou denúncias e reportagens ao inquérito. No documento em que justifica o motivo da abertura da investigação, a promotoria diz que o inquérito vai servir para averiguar se existem irregularidades nos pagamentos das indenizações.
A SPMar, concessionária responsável pelas obras, informou que a imissão da posse (quando o novo proprietário tem direito de tomar posse do imóvel) só é concedida pela Justiça depois do depósito em juízo do valor da indenização.
Parte dos moradores não recebeu o valor porque tem problemas com a documentação do imóvel. É o caso do porteiro Aparecido Bernardes, que já teve de sair do local. Ele diz que está pagando aluguel de 800 reais. “Eles não ajudam em nada, só falam assim: seu dinheiro está depositado. Só isso que eles falam. Você vai ao advogado e ele fala ‘preciso dos documentos’. O meu problema é o inventário. Custa R$ 8 mil. Onde nós vamos arrumar esse dinheiro?”.
Carlos Afonso Galindo tirou o telhado e as portas de dentro de casa e se prepara para mudar de endereço, mas não recebeu indenização. O aposentado diz que não tem condições de sair do local de forma definitiva. “Eu queria parte do dinheiro para eu morar em outro lugar, eu não posso pagar aluguel.
Nivaldo Francisco recebeu uma notificação de que tem 30 dias para deixar a casa onde mora e também um outro imóvel que aluga, onde tem uma oficina mecânica. O técnico químico também não recebeu o valor da indenização.
A Prefeitura de Suzano disse que cadastrou as famílias do Jardim Monte Cristo em programas sociais de habitação e agora analisa a situação de cada uma delas.
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