Presos fazem rebelião e colocam fogo em presídio de Vila Velha, ES
Segundo Sejus, fiscalização das visitas motivou a rebelião.
Presos da Penitenciária Estadual de Vila Velha I (PEVV I), em Xuri, Vila Velha, realizaram uma rebelião na tarde deste domingo (11). Os presos colocaram fogo em colchões e saíram de celas durante o tumulto. Segundo a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), não há confirmação de presos ou agentes penitenciários feridos. Durante o motim, familiares dos presos acompanharam a ação do lado de fora. De acordo com a Sejus, a utilização de um equipamento que detecta a entrada de drogas e celulares no presídio motivou a revolta dos presos. A rebelião foi contornada no final da tarde.
Durante a rebelião, a Diretoria de Operações Táticas (DOT) da Sejus foi ao local para tentar contornar o tumulto. Revoltados, familiares tentaram impedir a entrada das viaturas com medo de que houvesse agressão aos presos. De acordo com a Sejus, os familiares permaneceram acompanhando todo o processo justamente para que a integridade física dos detidos fosse mantida.
O secretário de Justiça, Sergio Alves Pereira, explicou que o rigor na segurança do presídio motivou a rebelião. "Não é questão de alimentação, nem de má instalação das unidades. A comida lá é de excelente qualidade, a instalção é bastante nova. O que motivou o tumulto é que aprimoramos a segurança e estamos impedindo a entrada de celular e drogas de forma mais eficaz. Temos um equipamento que detecta a entrada de drogas e celular pelas pessoas que fazem visitas. Não podemos liberar a entrada de drogas no presídio, se não o familiar é processado", disse.
O secretário também afirmou que durante a ação para contornar a rebelião foram utilizadas armas não letais. Não houve muitos danos ao patrimônio. "Colocaram fogo em alguns colchões, mas o colchão é de uma espuma anti chama, só que ele produz uma fumaça que deixa a parede preta. Dá uma aparência de dano muito maior. O que nos preocupava era a questão da intoxicação, que felizmente não aconteceu", explicou.
Ao todo, segundo a Sejus, 680 presos estão na penitenciária. A partir desta segunda-feira (12), a secretaria vai começar a investigar as principais lideranças que organizaram a rebelião.
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