Falta de medicamento e senhas são alguns dos problemas.
Unidade fica no bairro Miguel Badra Alto.
Os moradores do bairro Miguel Badra Alto, em Suzano, dizem que não conseguem medicamentos no posto de saúde do bairro. Eles reclamam que nem produtos simples, como pomada para assadura, existem nos postos. Outra queixa é a fila para disputar as senhas distribuídas pela manhã para atendimento na unidade.
“Xarope é difícil conseguir. Antibiótico não tem também e nem pomada para assadura”, reclama a dona de casa Lucilei Maria Abrão, mais conhecida no bairro como dona Bel. Ela mora perto do posto de saúde e acompanha de perto a rotina do lugar. “O posto é cheio todos os dias pela manhã. Logo cedo já tem fila para conseguir marca médico. E é só para marcar.”
Dona Bel destaca que precisa levantar às 4h para conseguir uma das 15 senhas distribuídas diariamente no local. Segundo a dona de casa, a unidade começa a atender somente às 8h.
Para a moradora a situação do posto tem piorado desde o início do segundo semestre. Ela diz que a unidade de saúde mais próxima do bairro é o posto de saúde do Miguel Badra Baixo. “O problema é que lá eles não atendem o pessoal do Badra Alto”, afirma dona Bel.
Para a moradora a situação do posto tem piorado desde o início do segundo semestre. Ela diz que a unidade de saúde mais próxima do bairro é o posto de saúde do Miguel Badra Baixo. “O problema é que lá eles não atendem o pessoal do Badra Alto”, afirma dona Bel.
O motorista Marcelo Bertolini Guerra também se queixa da situação do posto de saúde. Na semana passada ele levou a filha de 6 anos à Santa Casa de Suzano por causa de uma tosse. A médica que atendeu a criança receitou inalação, xarope, antibiótico e um remédio para pingar no nariz. “Eu fui ao posto do Miguel Badra Alto e eles só tinham o medicamento do nariz. Eu comprei o antibiótico e gastei R$ 20 só com uma caixa. Mas e quem não tem condições de gastar nada, como fica?”, pergunta indignado Guerra.
Ele conta que a inalação não pode ser feita porque o posto não tinha soro e nem o oxigênio, que tinha acabado há três meses. “Alguns dias depois voltei no posto e perguntei se dava para fazer inalação na menina. A atendente me disse que o oxigênio chegou, mas que a máquina tinha quebrado.”
As filas também são alvo das queixas do morador. Ele disse que na quinta-feira (24), às 6h, a fila do posto já tinha 30 pessoas. “Elas vão cedo em busca de uma das 15 senhas para agendar o médico e o agendamento às vezes demora 30, 60 dias”, destaca Guerra.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a unidade básica de saúde (UBS) do Miguel Badra realmente passou por momentos de falta de medicamentos há meses atrás. No entanto, segundo a secretaria esse problema não acontece mais no posto. Quanto ao aparelho de inalação, a secretaria informou que ele será consertado dentro dos próximos dias.
Com relação à fila, a secretaria esclareceu que o município não tem como controlar a formação das mesmas e que já fez trabalho de sensibilização para que elas não se formem. As UBSs abrem às 7h e as filas (para exames, principalmente) normalmente são eliminadas em aproximadamente uma hora. Com relação à marcação de consultas, a secretaria informou que a fila de espera é muito longa somente se os pacientes optam por passar em um médico que está com a agenda cheia.
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