De acordo com o site da CPTM, são 594,6 mil passageiros na linha que atende ao trecho Luz-Estudantes (11-Coral) e 216,8 mil na Linha 12- Safira (Brás-Calmon Viana). Ambas as linhas abrangem não apenas a região do Alto Tietê, mas também a Zona Leste de São Paulo. Na região, são 99 mil passageiros afetados diariamente, 24 mil deles só em Suzano. Pelo menos 2,8 mil funcionários devem “cruzar os braços” nas duas linhas.
Segundo o diretor suplente e secretário de imprensa do sindicato, Lourival Pereira Santos Junior, a greve será mantida por tempo indeterminado. “Não queremos prejudicar a população, mas é inevitável. Estamos em negociação há meses e a CPTM apresentou sua proposta final que não atende às nossas demandas”, explica.
A decisão de entrar em greve foi deliberada em assembleia realizada na última quinta-feira. Com a paralisação da categoria, cerca de 2,8 milhões de usuários serão afetados por dia em toda a Região Metropolitana de São Paulo.
As reivindicações dos trabalhadores foram apresentadas à CPTM. Os funcionários pedem garantia mínima de R$ 5 mil por trabalhador na participação dos resultados, ganho que tem sido variável definido por metas que, de acordo com o sindicato, dificilmente são atingidas.
Eles exigem reajuste salarial com reposição da inflação entre março do ano passado e fevereiro deste ano, algo em torno de 5,4% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 8% de ganho real - o que, segundo o sindicalista, foi negado. Eles reivindicam ainda o aumento do vale refeição para 24 cotas de R$ 30 mensais. Hoje, eles recebem 22 cotas de R$ 23. Há ainda a exigência de R$ 247,69 para o vale alimentação, de modo que seja equiparado ao dos metroviários. Hoje, os trabalhadores da CPTM recebem R$ 100 do direito.
O diretor sindicalista afirma ainda que aguarda comunicação com a CPTM para verificar a reação da empresa em relação à confirmação da greve. “A paralisação vai durar até que a CPTM nos apresente uma proposta minimamente discutível”.
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