A reportagem esteve na unidade hospitalar e conversou com Jaqueline, que estava em um quarto de observação. "Eu não aguento mais isso. Estou sentindo dores desde o início da semana e ninguém me fala nada aqui nesse hospital", reclama. Ela ainda afirma que os médicos não dão, ao menos, uma previsão de quando o feto será retirado. "Desde sábado eu não sinto o bebê mexer, mas só no domingo fizeram os exames que confirmaram o óbito", explica.
Os familiares da paciente estão aflitos com a situação, pois eles afirmam que os médicos do Santa Marcelina não dão informações sobre o quadro de saúde da dona de casa, que está internada há oito dias.
"Ela já está sofrendo por ter perdido a criança e agora tem que sofrer com a espera para retirá-lo de dentro dela", desabafa o marido de Jaqueline, o pedreiro Adilton Santana Brandão, 30. "Até agora já receitaram nove comprimidos nela, mas não realizam nenhum procedimento definitivo para tirar o bebê", disse.
A irmã de Jaqueline, a dona de casa Solange Fátima Gomes, 36, conta que já conversou com os médicos da unidade, porém, não obteve nenhuma resposta. "A médica diz que é normal ela sentir dor, mas ela pode pegar uma infecção se continuar demorando. A gente fica preocupada porque a saúde dela pode complicar", diz revoltada.
Resposta
A direção do Hospital Santa Marcelina de Itaquá, por meio da assessoria de Imprensa do Estado, informou que o procedimento cirúrgico para a retirada do feto está descartada por questões de segurança à saúde da paciente. No entanto, a equipe médica está induzindo o parto normal, por causa da prematuridade do feto, já que a cesariana colocaria em risco a vida da mãe.
A unidade ainda orienta a família de Jaqueline a procurar o chefe de obstetrícia ou o chefe de plantão médico do hospital para qualquer informação sobre os procedimentos.
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