A associação Comunitária de Vendedores Ambulantes Autônomos de Suzano (ACVAAS) se desvinculou dos microempreendedores do Shopping Popular, após acusações levantadas pelos lojistas de falta de repasse dos valores do aluguel ao proprietário do imóvel, que gerou dívida de R$ 420 mil. A decisão ocorreu anteontem, durante uma assembleia que envolveu os comerciantes, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rafael Garcia; o presidente da associação, Luiz Antonio Rocha e o presidente da Comissão dos Ambulantes de Suzano, João Antônio de Souza, o Ceará.
O DS que esteve no local durante a assembleia, anteontem, e não teve acesso aos trabalhadores. Conforme divulgado há uma ação de despejo. De acordo com os comerciantes, os alugueis no valor de R$ 205, mais R$ 200 para a associação, foram pagos em dia e que a falta de repasse ao proprietário gerou a dívida de R$ 420 mil. “Nós pagávamos para a associação e esse valor não estava indo para o proprietário, por isso solicitamos, junto a Comissão dos Ambulantes, uma assembleia para nos desassociarmos da Associação”, contou a comerciante do Shopping Popular, Rosemeire de Jesus Fabiano, de 42 anos.
Os lojistas informaram ainda, que os trabalhadores foram obrigados a se vincular a associação para realizar atividades no local. Durante a assembleia ontem, por votação, a maior parte dos comerciantes decidiu pelo afastamento da Associação Comunitária, do Shopping Popular. Agora, cada trabalhador vai tratar dos valores pagos de aluguel de forma individual e diretamente com o proprietário do imóvel, Vanderlei Queiroz Passarinho, que informou não saber se o pagamento estava ou não sendo feito pelos lojistas.
“Estamos nos organizando para fazer um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o presidente da associação. Chegamos a receber a ordem de despejo por causa da falta de repasse”, comentou a lojista, Daniele da Silva, de 29 anos. O DS tentou falar com Rocha, mas não conseguiu até o fechamento.
Queda nas vendas
Além da dificuldade enfrentada com o pagamento do aluguel, os comerciantes informaram que desde agosto, quando o Shopping Popular de Suzano foi aberto, eles não estão tento nenhum lucro. “Ainda não deu para recuperar nada do dinheiro investido aqui. Hoje não vendi nada, ontem também não. Esta semana quando vendi um piercing eu saí comemorando, porque está realmente difícil. Quase ninguém entra aqui, fomos iludidos!”, contou a comerciante Maria Raquel dos Santos, de 39 anos.
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