Três são presos por suspeita de instalar falso caixa eletrônico em Arujá

Suspeitos reproduziram frente de caixa.

Modem transmitia dados de clientes em tempo real via internet.

A Polícia Militar descobriu um novo esquema de fraude em um caixa eletrônico de uma agência bancária em Arujá(SP).

Suspeitos reproduziram a frente de um terminal que, segundo a PM, tinha até sistema operacional parecido com o do banco. O objetivo era roubar dados de clientes. Três foram presos por suspeita de envolvimento no crime. O caso foi descoberto pela polícia neste domingo (30).

A falsificação foi descoberta em um patrulhamento de rotina da PM em uma agência do Banco do Brasil. Olhando para o equipamento não dava para perceber a fraude. A tela mostrava o mesmo sistema de computador utilizado pelo banco. Na parte de trás do equipamento estavam instaladas baterias que alimentavam o falso caixa. Um leitor de cartões estava ligado diretamente a um modem que transmite em tempo real os dados da vítima via internet.

Os policiais desconfiaram de alguns homens que estavam em um veículo, com placas de Ferraz de Vasconcelos, parado perto da agência. Quando eles perceberam a presença da polícia tentaram recuperar a frente falsificada do caixa eletrônico. Neste momento, a Polícia Militar prendeu três suspeitos. Dois deles, segundo a PM, tinham passagem na polícia por furto em estabelecimento bancário.

Além do caixa eletrônico falsificado, a Polícia Militar apreendeu também três aparelhos celulares. De acordo com a polícia, os suspeitos foram indiciados por formação de quadrilha e furto mediante fraude. A pena pode chegar a até oito anos de prisão. “Nesse tipo de fraude, as vítimas vão perceber que foram lesadas dias depois”, explicou o sargento da Polícia Militar, Marcelo Gomes.

O Banco do Brasil informou que investe em segurança por meio de novas tecnologias disponíveis no mercado e que todas as agências possuem Plano de Segurança aprovado pela Polícia Federal. De acordo com o banco, até a manhã desta segunda-feira (1º) não havia reclamações de clientes sobre a fraude. A instituição orienta que as vítimas devem fazer boletim de ocorrência e procurar sua agência para a abertura de pedidos de regularização que são analisados caso a caso.