Suspeito continua internado no Hospital Luzia de Pinho Melo.) |
Segundo familiares, a mulher foi escoltada pela polícia ao sair do hospital. Ela não voltou para casa e não está abrigada na residência de parentes. "Desde que ela saiu do hospital não falamos mais com ela. A polícia disse que ela fará contato quando for seguro", explicou a irmã Nailma Duarte.
Segundo o delegado da Delegacia de Homicídios de Mogi das Cruzes, Luiz Roberto Biló, a medida tem como objetivo proteger a vítima, que é a única sobrevivente do crime e uma das testemunhas do caso. "Ela não está escoltada, mas foi levada para fora do ambiente familiar, em local seguro", disse. A mulher já prestou novo depoimento à polícia, mas o teor não foi divulgado.
Na véspera de receber a alta, a paciente disse que o rapaz, que também está internado na unidade, e apontado como principal suspeito de ter atirado contra a vítima, sua filha de 5 anos e seu companheiro de 63, não é o autor dos disparos. A informação é de outra irmã da mulher, a doméstica Nairlei Duarte, que conversou com a vítima na tarde de terça (19).
Menina de 5 anos foi uma das vítimas do crime. |
Carta ao Papai Noel
Ainda de acordo com a polícia, a família seguia para uma agência dos Correios, onde a criança deixaria uma cartinha para o Papai Noel. A carta foi entregue à tia da criança. "A minha sobrinha tinha escrito a carta para o Papai Noel junto com os irmãos e minha irmã estava indo ao centro da cidade para entregar nos Correios. O que aconteceu deixou todo mundo chocado", disse Nairlei.
Na cartinha, a menina pedia uma boneca para o Papai Noel. "Gostaria que nesse Natal você me desse uma boneca numa caixa grande. Obrigada por você existir, que Deus esteja sempre no seu caminho", dizia a carta. Segundo a Polícia Militar, a menina foi atingida por cinco tiros e morreu a caminho do hospital.
Entenda o caso
As três vítimas estavam em um ponto de ônibus na Avenida Lourenço de Souza Franco. Segundo a Polícia Civil, o motorista do coletivo disse que avistou a menina e os pais correndo para o ponto do ônibus e dando sinal de parada quando se aproximava do ponto por volta das 10h55 de sábado.
"O autor dos disparos estava sentado no ponto, com uma mochila ao lado. Quando o ônibus parou, o homem teria perguntado para a mãe da criança: 'você é fulana de tal?'. A vítima fez sinal que não com a cabeça e entrou no coletivo. O suspeito sacou a arma e o homem de 63 anos deu um tapa na arma, que caiu no chão", contou o delegado César Donizete Benedito, da Delegacia Seccional.
O atirador pegou a arma do chão e disparou duas vezes contra o homem, que caiu e morreu no local. "Sem pena nenhuma, o suspeito começou a atirar na mulher, que caiu no degrau do ônibus e segundo as testemunhas pedia para que ele não atirasse na criança", declara o delegado. Segundo a Polícia Civil, o homem morreu no local e a criança faleceu a caminho do hospital.
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