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Polícia se recusou a recebê-lo por causa das condições de saúde.
Pai e filha de 5 anos morreram; mãe também foi baleada.


Suspeito estava na base da móvel da PM (Foto: Jamile Santana / G1)
Suspeito estava na base móvel da PM
O homem suspeito de atirar contra uma família em um ponto de ônibus em Mogi das Cruzes (SP) em 9 de novembro recebeu alta médica na quinta-feira (21/11/13). Ele foi encaminhado para a cadeia pública do município em uma base móvel da Polícia Militar, apesar de ainda estar com sondas. No entanto, ao chegar no local, a polícia se recusou a recebê-lo. "Para os médicos do sistema carcerário, ele  não poderia dar entrada na cadeia da forma como estava. Por isso, voltou para o hospital", explica o delegado que cuida do caso, Luiz Roberto Biló.
Ele estava internado no Hospital Luzia de Pinho Melo com escolta policial desde o fim de semana do crime. Segundo a polícia, ele se envolveu em uma briga em Suzano e foi baleado. Ele é apontado como o autor dos disparos que mataram uma menina de 5 anos e o pai dela em um ponto de ônibus. A mãe da criança, que também estava no local, também foi baleada, mas sobreviveu. A Justiça decretou a prisão temporária do suspeito pelo caso e ele já tinha mandado de prisão por um roubo.
Suspeito teve de aguardar na porta da delegacia (Foto: Jamile Santana/G1)Suspeito teve de aguardar na porta da delegacia
A pedido da polícia, o médico legista Zeno Morrone Júnior avaliou o suspeito na noite de quinta-feira. "Eu pedi para que ele fosse internado novamente porque não tinha condições de ir para a cadeia. Ele estava com duas sondas, uma para alimentação e outra para urinar.  Eu conversei com delegado e fiz um encaminhamento para um hospital", contou Morrone.
A Secretaria Estadual de Saúde enviou nota sobre o caso na tarde desta sexta: "A direção do Hospital de Clínicas Luzia de Pinho Melo informa que o paciente L.R. recebe ualta com indicação de continuidade do atendimento em um hospital penitenciário.Porém, como o CDP de Mogi das Cruzes não tinha condições de atendê-lo adequadamente, o paciente ficará no Luzia até que seja disponibilizada a ele uma vaga em um Hospital Penitenciário, que não fica sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde."
G1 também tenta localizar o advogado do suspeito.
Reconhecimento
A sobrevivente, de 28 anos, ficou internada no mesmo hospital onde o suspeito recebeu atendimento. Ela chegou a reconhecê-lo quando recuperou os sentidos, um dia após ter sido baleada, mas voltou atrás na terça-feira (19) e mudou o seu depoimento dizendo que o suspeito era inocente. A polícia diz que a nova versão não muda a linha de investigação e o homem ainda é considerado suspeito. Na quarta-feira (20) ela recebeu alta médica e, desde então, está sendo mantida em um local secreto, longe do ambiente familiar.
A Polícia Civil informou na quinta-feira que levou a testemuna para um local "seguro e fora do ambiente familiar". Segundo familiares, a mulher foi escoltada pela polícia ao sair do hospital. Ela não voltou para casa e não está abrigada na residência de parentes. "Desde que ela saiu do hospital não falamos mais com ela. A polícia disse que ela fará contato quando for seguro", explicou a irmã Nailma Duarte.
Segundo o delegado Luiz Roberto Biló, a medida tem como objetivo proteger a vítima, que é a única sobrevivente do crime e uma das testemunhas do caso. "Ela não está escoltada, mas foi levada para fora do ambiente familiar, em local seguro", disse. A mulher já prestou novo depoimento à polícia, mas o teor não foi divulgado.

Sobre o Autor... Unknown

Gosto de informações,atualidades e notícias recentes. Acredito que o mundo é como uma máquina, que precisa de várias peças para ter um bom funcionamento.Sendo assim, até a peça mais simples é de extrema importancia para gerar algo espetacular. Assim somos nós, se não fizermos a diferença e ser parte desse mundo.. quem será no seu lugar?
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