Suzano tem 5.677 pessoas vivendo em favelas, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, são 1.438 casas, barracos e unidades habitacionais em condições de Aglomerados Subnormais na cidade. Na região são quase 50 mil. A mesma pesquisa revela que a população de favelados no Brasil ultrapassa 11 milhões de pessoas. A pesquisa foi liberada em âmbito nacional nesta quarta-feira.
De acordo com a pesquisa, Suzano tem 17 favelas espalhadas pelo município. O levantamento é feito pelo IBGE através de dados arrecadados durante o último censo, de 2010. A pesquisa também identificou e revelou as condições tipográficas e de instalação destas residências.
Os dados mostram que a maior parte das favelas de Suzano encontra-se em áreas de terreno plano ou de declive moderado. Dos 17 setores censitários em aglomerados subnormais, ou favelas, sete estão em áreas de terreno plano, sete em área de terreno de declive moderado e apenas três em locais de declive acentuado, ou morros.
A maior parte destes domicílios também enfrenta problemas de espaçamento. O dado é referente à distância entre uma casa ou barraco e outra. Pelo menos 15 das 17 favelas constam na pesquisa como sem espaçamento algum. Ou seja, as casas destes conglomerados são completamente juntas umas às outras.
As outras duas favelas constam como de espaçamento médio. No total, 1.361 moradias não têm espaçamento algum entre uma residência e outra, enquanto 77 têm espaçamento médio. Nenhuma das favelas de Suzano consta como de "espaçamento grande".
O IBGE define os aglomerados subnormais como uma "área ocupada irregularmente por certo número de domicílios, caracterizada em diversos graus por limitada oferta de serviços urbanos e irregularidade no padrão urbanístico".
O IBGE também constatou que Suzano, com mais de 70% de áreas de mananciais, ilustra a principal característica dos aglomerados residenciais de favelas de São Paulo, que ficam em beiras de rios, córregos, nascentes e lagos. Em todo o brasil, 12% dos domicílios estão nestas áreas. A Região Metropolitana de São Paulo como um todo, da qual faz parte a região do Alto Tietê, tem 148.608 domicílios nessa condição.
Para fazer parte da pesquisa, as áreas analisadas precisam ter no mínimo 51 unidades habitacionais carentes, a maioria carente de serviços públicos essenciais e em ocupação de terreno público ou privado, além de possuir forma desordenada e densa.
A pesquisa foi aplicada em todo o País, mas apenas 323 municípios tiveram estes aglomerados detectados em seu território.
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