Esta semana foram flagradas vans que ainda circulam pela cidade sem os aparelhos de leitura do bilhete eletrônico, o Bilhete de Ônibus Metropolitano (BOM).
Além das vans que fornecem o transporte alternativo para a população em situação regular, mas ainda sem os adesivos que identificam o veículo como próprios para a utilização, há carros que fazem as linhas das mesmas vans, mas de forma clandestina.
Pelo menos três vans passaram por pontos do Centro de Suzano, pararam e recolheram passageiros, ainda que não pudessem oferecer o sistema de bilhetagem eletrônica para cobrar pela viagem.
O equipamento, identificado pelas cores amarela e preta, costuma ser instalado na parte dianteira das vans, ao lado da porta utilizada para o embarque dos passageiros. As vans irregulares não contam com o equipamento ou com identificação visual externa. Deste modo, os passageiros que utilizam o transporte precisam pagar em dinheiro.
O feirante Elias do Nascimento, de 67 anos, já entrou por engano em uma van clandestina. "Fui passar o cartão, e não tinha leitor", conta. "É muito comum, já aconteceu várias vezes. Quando isso ocorre, eu não pago a viagem. Eles reclamam bastante, mas eu não quero saber. Eu tenho o cartão e, se eles não têm o leitor, não é problema meu".
Já o professor Donato de Lima, de 61 anos, foi obrigado a descer do veículo, pois não queria pagar a passagem em dinheiro. "Se tenho o cartão BOM é justamente para isso", reclama Lima. "É muito comum ter vans clandestinas, principalmente no sentido de Palmeiras ou São José". De acordo com o professor, o fato de uma van não contar com leitor de cartões pode denotar outras irregularidades. "Se não têm o equipamento completo, então é possível que não tenham documentação ou permissão para fazer a corrida", diz Lima.
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