Moradores resistem a remoções
Prefeitura pretende remover da Vila Estação as famílias que estão em áreas de risco e de proteção ambiental /
Os moradores da Vila Estação não querem sair de suas casas e estão dispostos a enfrentar uma briga judicial para garantir a permanência deles no Bairro. As cerca de 70 famílias, que recusam a proposta da Prefeitura de deixar seus imóveis para morar em unidades habitacionais dos programas do Governo Federal, estão representadas pelo advogado Marco Soares, que pretende ingressar com o processo nos próximos dias.
“Estou concluindo a pesquisa e o levantamento dos dados para promover medidas judiciais que venham a determinar a permanência dessas pessoas naquela área”, explica Soares. Ele disse que além do levantamento sobre a propriedade, solicitou informações à Prefeitura para saber quais os planos para o Bairro e verificar se o projeto de regularização prevê a retirada dos moradores do local. Caso se confirme a necessidade de deixarem o local, o advogado pretende negociar uma indenização para os moradores.
A Prefeitura de Mogi quer remover do local as famílias que estão em áreas de risco e de proteção ambiental. A intenção é retirar os moradores o mais rápido possível para viabilizar a conclusão da obra de canalização do trecho e outros projetos viários na região. Para isso, a Administração propõe a inclusão dos moradores nas unidades do programa do Governo Federal, em construção no Conjunto do Bosque, que tem previsão de entrega para setembro deste ano.
A Coordenadoria de Habitação esclarece que o trabalho de atendimento na Vila Estação envolve cerca de 240 famílias em duas situações distintas. A primeira abrange um grupo de 76 delas, que está sendo transferido por conta da terceira fase das obras de canalização e urbanização do Córrego dos Canudos. Dessas, 64 já foram transferidas e estão recebendo o benefício do Aluguel Solidário. A Pasta informa que as 12 remanescentes devem mudar em breve.
O segundo grupo, composto por 164 famílias, habita uma área de risco dentro da Vila Estação, por terem construído suas casas sobre o coletor-tronco da Sabesp. Há outros casos pontuais, de pessoas que residem em áreas públicas destinadas à implantação de praças e de outros equipamentos públicos. Até agora, 10 já se mudaram e estão recebendo provisoriamente o benefício do Aluguel Solidário. Esse grupo vai ocupar as unidades que serão construídas em uma área de 10 mil metros quadrados, ao lado da Vila Estação, desapropriada pela Prefeitura
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