A região do Alto Tietê registrou a entrada de 13.949 processos trabalhistas, de janeiro a agosto deste ano. O número foi divulgado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). De acordo com o especialista na área, Heber de Nello Nasareth, entre os processos mais frequentes estão: solicitação de horas extras não pagas, adicionais de horas noturnas e processos de assédio moral contra o trabalhador.
Foram 1.222 processos em Ferraz de Vasconcelos, 2.948 em Itaquaquecetuba e 2.730 em Suzano. Mogi das Cruzes é o município com mais entradas em processos trabalhistas, sendo 4.147, já que abrange os processos das cidades de Biritiba-Mirim, Guararema e Salesópolis. No último ano, no mesmo período, foram registrados 14.019 processos na região.
De acordo com Heber, que é advogado trabalhista na região do Alto Tietê, o número levantado pelo TRT é alto. “Levando em conta que essas pendências com os empregadores poderiam ser resolvidas fora da Justiça, é um número alto”, explicou. O advogado pontuou que o período de crise tem grande influência no número de processos, que deve crescer. “As empresas param de pagar os direitos do trabalhador perante a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e isso abre margem para que esses processos sejam abertos”.
Entre as ocorrências mais frequentes apontadas pelo advogado estão pagamentos incorretos, feito fora do holerite, horas extras não pagas, assim como adicionais noturnos e assédio moral. “Pessoas que se sentem perseguidas por seus superiores, aumento abusivo de metas e deslocamento de local e função de trabalho são todas vertentes que podem causar um processo de assédio moral contra uma empresa”, explicou Nasareth.
O advogado ressaltou ainda que boa parte dos processos acorrem devido a empresas que possuem pouco conhecimento. “Muitas não têm total conhecimento trabalhista e pode deixar de pagar alguma coisa. Por isso a assessoria preventiva é muito importante e vem crescendo”, pontuou.
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