Subiu para dois o número de escolas ocupadas no Alto Tietê. Na noite de domingo, a Escola Estadual (EE) Cícero Antonio de Sá Ramalho, em Itaquaquecetuba, foi ocupada por aproximadamente 40 estudantes. Já a EE Professora Nanci Cristina do Espírito Santo, de Poá, está ocupada desde sexta-feira por mais de 30 alunos e pais. As informações foram atualizadas ontem pelas subsedes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Segundo a coordenadora da Apeoesp de Itaquá, Maria de Lourdes Rafael, ontem pela manhã, policiais militares entraram na unidade para conversar com os estudantes. Conselheiros Tutelares também foram até a instituição para registrar a situação dos alunos. “A Apeoesp também acompanha de perto a situação. A comunidade tem apoiado a causa e tem levado comida e água aos estudantes”.
Maria explica ainda que a Cícero Antonio atende alunos das séries iniciais, ensinos Fundamental II e Médio. Com a reorganização promovida pelo Estado, a unidade atenderá apenas as séries iniciais. Atualmente, 1.187 jovens estudam na unidade. Segundo a coordenadora, os alunos são contra a reorganização porque foram transferidos para uma unidade distante. “São quase 30 minutos de caminhada até a nova escola. O Estado disse que a unidade estaria até 1,5 quilômetro de distância da escola que frequentam atualmente, mas vemos que a distância é maior e não oferecem segurança aos estudantes”.
A coordenadora frisa que até agora não houve debate entre a unidade e o Estado e assegura que será uma luta acirrada. Após o governo entrar com o pedido de reintegração de posse, a comunidade entrará com recurso. “O Estado agiu de forma impositiva, não teve diálogo com a comunidade, com os estudantes ou com os pais. Nós torcemos para que a negociação aconteça o mais breve possível”.
Os alunos da Nanci Cristina também tentam um diálogo. Ontem pela manhã a equipe do DS foi até o local. Os estudantes não quiseram dar entrevista, mas adiantaram que se reuniriam no final do dia para decidir os próximos passos da ocupação.
A coordenadora da Apeoesp de Poá, Jucinéia Benedito dos Santos, explica que há contato com o Estado.
“No primeiro momento disseram que a escola não seria reorganizada, em seguida ela entrou para a reorganização e os alunos souberam da decisão pela mídia”, revela.
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