O Alto Tietê deve ter R$ 192 milhões injetados em sua economia por conta do 13º salário a ser pago pelas indústrias da região. A estimativa é da Diretoria Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e se baseia no número de trabalhadores – são aproximadamente 71 mil pessoas, já descontadas as demissões acumuladas até setembro – e na média salarial do setor, que é de R$ 2,7 mil. Entre os setores empregadores, a indústria registra a maior média salarial na região.
A previsão de receita com o 13º salário neste ano é 11% superior à registrada no ano passado, sendo a diferença resultado basicamente do reajuste salarial dos industriários.
A direção do Ciesp ressalta que este ano tem sido de muita dificuldades para as indústrias. Mesmo com as dificuldades registradas ao longo do ano, a expectativa é de que a maioria das indústrias pague normalmente o 13º salário aos trabalhadores nas duas parcelas previstas na lei: a primeira até 30 deste mês e, a segunda, até 20 de dezembro.
“Existe um empenho das empresas em cumprir a legislação. O que acredito que possa acontecer é a necessidade de algumas empresas terem de recorrer a linhas de crédito para levantar os recursos e muitas indústrias também devem fazer o pagamento integral em novembro para não arcar com custo maior com o fim da desoneração da folha”, ressalta José Francisco Caseiro, diretor do CESP Alto Tietê.
“O consumo está muito desaquecido e a entrada em circulação desse dinheiro extra pode ajudar na retomada da economia dessas cidades. Mesmo que uma parte dos recursos seja destinada para o pagamento de dívidas e, também aconteça das famílias criarem uma poupança para o começo do ano com medo da atual crise, de qualquer forma há uma circulação maior de dinheiro nesta época do ano”, conclui Caseiro.
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