Ronaldo Pereira da Cruz, de 39 anos, morreu ao tentar combater fogo.
Ele trabalhava no Museu da Língua Portuguesa há três anos.
Familiares e amigos de Ronaldo Pereira da Cruz, de 39 anos, morto durante incêndio no Museu da Língua Portuguesa, no Centro de São Paulo, acompanharam o enterro do bombeiro civil na tarde desta terça-feira (22) no Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo. O caixão foi carregado por homens do Corpo de Bombeiros que homenagearam a vítima do incêndio.
O bombeiro civil trabalhava no prédio do museu como brigadista há três anos. Quando os bombeiros entraram no prédio, ele já estava caído no chão desacordado. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Ele tentava combater as chamas e teve uma parada cardiorrespiratória.
A vítima morava no bairro da Casa Verde, na Zona Norte e estava casado há seis anos. "Um amor. Era muito carinhoso, muito atencioso. Ele era meu tudo", disse Rita de Cássia, mulher da vítima. "Pelo que eu fiquei sabendo, ele tirou todo mundo pra fora e ele que ficou", afirmou. "Eu sei que ele está feliz onde ele está, porque morreu fazendo o que gostava mesmo", declarou Rita.
Perícia
Técnicos e peritos da polícia técnica vão avaliar as condições do prédio para tentar determinar a causa do incêndio. "Isso depende de uma perícia que vai ser feita pela polícia técnico-cientifica", disse o comandante do Corpo de Bombeiros, Rogério Bernardes Duarte.
Técnicos e peritos da polícia técnica vão avaliar as condições do prédio para tentar determinar a causa do incêndio. "Isso depende de uma perícia que vai ser feita pela polícia técnico-cientifica", disse o comandante do Corpo de Bombeiros, Rogério Bernardes Duarte.
O incêndio durou três horas. Todo o prédio foi afetado pelo fogo e pela fumaça e vai ter que ser reconstruído, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Após o incêndio ter sido controlado, ainda havia risco de queda de parte do telhado. "Foi uma área bem grande, afetou todos os pavimentos. Praticamente toda a área do museu", afirmou.
Funcionários do museu relataram aos técnicos da Defesa Civil que o fogo teria começado no segundo andar durante a troca de uma lâmpada, que teria provocado um curto-circuito. As causas serão apuradas.
O fogo começou no primeiro andar por volta de 16h, e rapidamente alcançou os dois andares superiores e o telhado do edifício construído em 1901, que abriga o museu desde a sua inauguração, em 2006. Mais de 60 viaturas e 120 bombeiros foram ao local tentar controlar o fogo. Eles impediram que o telhado levasse as chamas até a Estação da Luz. O museu tinha seguro de R$ 45 milhões.
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