Projeto com gratificações de até R$ 4 mil para médicos foi para Câmara.
Local está fechado desde sexta e pacientes eram atendidos na rua
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| Atendimento foi feito na porta por cinco dias. (Foto: Reprodução/TV Diário) |
A Prefeitura de Itaquaquecetuba, Região Metropolitana de São Paulo, anunciou por meio de nota que o Pronto-Socorro Municipal reabrirá as portas nesta quinta-feira (14/02/13). A informação foi divulgada à imprensa às 18h51 desta quarta-feira (13/02/13).
Desde a última sexta-feira (8/02/13) o local está fechado por falta de médicos e os pacientes passam por breve avaliação na porta do prédio antes de ser encaminhados a outros hospitais.
Após se reunir com o corpo médico do hospital, a Secretaria de Saúde levou um projeto de lei para a Câmara Municipal instituindo uma gratificação de até R$ 4 mil aos médicos. O projeto precisa ser aprovado pelo Legislativo para entrar em vigor.
Segundo a prefeitura, “vários profissionais já se prontificaram a retornar as atividades para garantir o atendimento da população de Itaquaquecetuba”.
“Acredito que chegamos a um acordo com os profissionais do Pronto-Socorro e queremos deixar claro que essa gratificação só acontecerá por mérito, para aqueles que mantiverem um bom trabalho, frequência e constância no atendimento”, afirma na nota o prefeito Mamoru Nakashima.
Aumento da demanda
A Secretaria Estadual da Saúde informou nesta quarta-feira que houve aumento de 50% na procura por atendimento no pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina por causa do fechamento do pronto-socorro do Hospital Municipal de Itaquaquecetuba. “Assim como acontece em qualquer unidade de saúde, seja ela pública ou privada, os casos urgentes, em que há risco de morte, são priorizados. Porém, nenhum paciente deixa de receber atendimento no local”, afirmou a secretaria em nota.
A Secretaria de Estado da Saúde também informou que redirecionou um comunicado sobre um eventual aumento na demanda de atendimento aos hospitais da rede estadual, incluindo as sete unidades estaduais localizadas na região do Alto Tietê, e à Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross).
A espera de casos sem urgência, segundo a secretaria, é de, em média, uma hora.
Atendimento do lado de fora
Nesta quarta-feira (13), o atendimento aos pacientes era feito do lado de fora. Ao chegar, a pessoa passa primeiro pelas enfermeiras, depois, dependendo da situação, pelos socorristas e, se necessário, pelo médico responsável pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Desde segunda-feira, mais de 70 pessoas já foram atendidas em frente ao pronto-socorro.
O médico coordenador da operação provisória, Cléber Saiani, não faz consultas, nem dá receitas, apenas avalia a gravidade dos pacientes que chegam. “Aqui damos o primeiro atendimento, classificamos a gravidade da situação e encaminhamos para o Santa Marcelina. Aqui dá para ver os sinais vitais, pressão e outros pequenos procedimentos. Mais do que isso fica complicado porque estamos dentro de um ambulância, apenas”, explica.
A dona de casa Marília da Silva Costa precisava levar a filha ao pediatra com urgência. Ela procurou o Santa Marcelina, mas não conseguiu atendimento rápido. “Vou ter que correr para Guarulhos, fazer o que? Olha o jeito que ela está tossindo. A criança não pode esperar”, afirma.
Prefeitura
Segundo a Prefeitura de Itaquaquecetuba, o pronto-socorro foi inaugurado em setembro do ano passado, mas sem médicos suficientes para atender a população. Na última sexta-feira as portas foram fechadas e tudo deve continuar assim até a contratação desses profissionais.
“O problema é o salário, mas quem aceitar fazer plantões no Pronto Socorro terá aumento de 137%”, afirma a secretária municipal de Sáude, Maria José Pereira Zago.
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