A ideia do prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB) é detalhar se o montante foi acumulado pelo não pagamento de contas, empréstimos ou déficit pela defasagem na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Não sabemos do que é a dívida, somente o montante com base em indicações de fornecedores. Precisamos ter uma auditoria porque nos informaram o valor da dívida, mas não a origem”, explica. “Pedi a auditoria, mas infelizmente a empresa ainda está sendo contratada. O processo é lento. Estamos há três meses com o processo de contratação tentando ser aberto e ainda não conseguimos por conta da burocracia”, detalhou Tokuzumi.
O prefeito destacou ainda que não há uma definição sobre a continuidade da intervenção no hospital, que termina no próximo dia 10 de agosto. De acordo com Tokuzumi, há questões a serem analisadas, entre elas, se os integrantes da irmandade aceitam voltar a administrar o hospital com um valor de dívidas muito superior ao do começo da intervenção.
Além disso, o tucano destacou ainda que é preciso solicitar à Justiça o término da intervenção, uma vez que ela foi orientada pelo Ministério Público, e montar um projeto de parceria para “colocar as contas em dia”.
“A irmandade sofreu uma intervenção há três anos que considero desnecessária, mas teve autorização judicial e havia motivos jurídicos. Agora, temos uma situação em que a entidade é o único hospital da cidade e está cheio de dívidas. Por isso, para finalizar a intervenção temos que pensar em algumas questões”, disse. “Temos que ver se a irmandade vai aceitar o hospital nessas condições, com dívidas. E também teríamos que abrir um procedimento jurídico indicando que os problemas que levaram à intervenção acabaram”.
A decisão da irmandade deve ser tomada em uma assembleia que será marcada pelos irmãos.
“Melhor seria a irmandade assumir, mas ela vai ter que ter garantia do Poder Público de que estaríamos ajudando a manter a entidade aberta”.
Tokuzumi destacou ainda sobre a denúncia de retirada de dinheiro da Santa Casa, feita pela própria entidade por meio de Boletins de Ocorrência (B.O.).
"Todo tipo de atividade pode sofrer um caso pontual ou uma intercorrência por deficiência de sistema ou má fé. Isso nos deixou preocupados porque queremos melhorar a administração e acabar com isso, mas ninguém quer esconder e a questão está sendo investigada pela Justiça".
Além das questões sobre a Santa Casa, após entrevista coletiva sobre a liberação da Certidão Negativa de Débitos (CND) para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Suzano, Tokuzumi falou sobre a expectativa da vinda do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para a apresentação da maquete do Hospital Público de Suzano.
E ainda fez um balanço sobre os primeiros seis meses de administração, destacando melhorias na limpeza da cidade, atendimento médico e educação com a construção de novas escolas e creches.
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