Perícia acha vazamento de gás em apartamento

Peritos do Núcleo de Engenharia do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo encontraram, na tarde da última sexta-feira, um vazamento no sistema de gás do apartamento onde a auxiliar de enfermagem Dina Vieira da Silva, de 42 anos, e seus quatro filhos, de 6, 11, 12 e 16 anos, foram encontrados mortos, em Ferraz de Vasconcelos. 
O vazamento de monóxido de carbono foi localizado pelos peritos no sistema de aquecimento a gás.
De acordo com um laudo inicial, os agentes concluíram que o chuveiro tinha problemas e o sistema não tinha a tubulação de escape do gás. 
Quando os corpos foram achados, todo imóvel estava fechado, o que pode ter ajudado a matar as vítimas. 
Agora a polícia aguarda o resultado dos exames para saber se a quantidade era suficiente para matar as cinco pessoas. 
Os corpos de Dina e dos filhos Karina Rosa, de 16 anos, Carlos Daniel, de 12, Caroline Laura, de 11, e Vitória Cristina, de 6 anos, foram encontrados na madrugada última terça-feira no apartamento onde eles moravam há poucos dias. No local havia fezes pelo chão e vômito em vários cômodos, o que também pode indicar asfixia por gás carbônico. 
Dois motivos levaram a polícia a realizar uma nova perícia no sistema de aquecimento. O subsíndico do prédio teria dito à polícia que a auxiliar de enfermagem reclamou que o local estava com um forte cheiro de gás. 
Além disso, familiares de Lucas do Nascimento, de 23 anos, que morreu em meados de junho no mesmo apartamento, deram entrevistas dizendo que ele passou mal cinco dias após se mudar para o local e inalar gás que vazava do aquecedor.
O delegado Itagiba Franco afirmou que o vazamento é uma das hipóteses, mas que também apura se as vítimas foram envenenadas.
No dia do crime, os agentes apreenderam pedaços de bolo, uma jarra com suco e uma panela de pressão. O exame dos alimentos, bem como o toxicológico, feito nas vítimas, deve ser apresentado amanhã. 
O namorado de Dina, o boliviano Alex Guinones Pedraza, de 33 anos, permanece preso até que as investigações sejam concluídas. 
A polícia pediu sua prisão temporária porque ele não tem residência fixa, já tinha sido condenado por furto e foi denunciado três vezes por agredir a namorada.