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Dado é da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e corresponde a 5% da população da região


Em áreas rurais o acesso das crianças à escola na idade certa é mais difícil o que amplia os índices
Aos 62 anos, a dona de casa Terezinha Brito tem dificuldades para soletrar e escrever o próprio nome. Não sabe o endereço de sua casa que fica no município de Poá. Para andar de ônibus, trem ou qualquer outra condução coletiva tem de estar acompanhada do filho ou do marido, pois não consegue ler as placas indicadoras no transporte ou na rua. Terezinha Brito, na verdade, não conhece as letras do alfabeto e nem sabe contar de 1 a 10 ou fazer cálculos complexos. Dona Terezinha, portanto, faz parte dos 75.325 moradores do Alto Tietê considerados analfabetos pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade).
Ao todo, segundo o órgão, que pertence à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Governo do Estado de São paulo, os dez municípios que compõem a região, possuem, neste ano de 2013, pouco mais de 1,4 milhão de habitantes. Para o Seade, consideram-se como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante pesquisa do censo demográfico, não serem capazes de ler e escrever ou que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram, e as que apenas assinam o próprio nome.

A Estância Hidromineral de Poá e a cidade de Mogi das Cruzes apresentam os menores índices de analfabetismo da região: 3,30% e 3,96% de seus moradores, respectivamente. A média estadual, segundo balanço do Seade é de 4,33% da população residente. As demais cidades do Alto Tietê possuem índice de analfabetismo que varia de 5% a 9%, conforme a localização (quanto mais características rurais, maior o índice).
Entretanto, no que se refere aos números absolutos, as cidades mais povoadas, como Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano, detém o maior número de moradores analfabetos: 19.005, 15.887 e 13.138, respectivamente.

Análise
Na avaliação da educadora Maria Geny Borges Ávilla Horle alguns fatores, entre os quais, a localização da moradia, além da migração, acabam por influenciar no processo de alfabetização e investimento em educação.
"O analfabetismo é maior na zona rural, pela dificuldade das crianças frequentarem a escola na idade certa e também de jovens e adultos participarem de cursos da EJA. Em consequência, municípios com maior área de zona rural tendem a ter maiores índices de analfabetismo. É o caso de Biritiba, Salesópolis e Guararema", comenta.
"Além disso, municípios onde a migração é intensa também têm dificuldade em avançar no combate ao analfabetismo, pois, todo momento, recebem novas pessoas com pouca ou nenhuma escolaridade. Cito Ferraz e Itaquá como exemplo, mas Mogi também sente este impacto, pois nos últimos anos o número de novos habitantes tem sido grande, tendo em vista o seu crescimento e desenvolvimento", completa a educadora.

Como alternativa, Maria Geny - que já foi secretária de Educação de Mogi das Cruzes nas duas gestões de Junji Abe, além de Marco Bertaiolli, professora universitária e dirigente Regional de Ensino - afirma que é necessário que o combate ao analfabetismo seja uma prioridade para cada uma das cidades da região do Alto Tietê. "É importante que se faça uma análise das razões pelas quais, naquele local, o analfabetismo é grande e ações sejam efetuadas para resolver o problema detectado", conclui a educadora.

Sobre o Autor... Unknown

Gosto de informações,atualidades e notícias recentes. Acredito que o mundo é como uma máquina, que precisa de várias peças para ter um bom funcionamento.Sendo assim, até a peça mais simples é de extrema importancia para gerar algo espetacular. Assim somos nós, se não fizermos a diferença e ser parte desse mundo.. quem será no seu lugar?
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