A mãe do bebê, A.S.G., 23, contou que levou o filho ao Luzia no dia 24 de agosto. "Eles o internaram na ala de Pediatria e logo no segundo dia de medicação começaram a aparecer manchas vermelhas e bolhas pelo corpo. Perguntei ao médico o que estaria ocorrendo e ele disse que era normal", contou. "Quatorze dias depois, a pele dele estava totalmente queimada. Briguei com todo mundo lá e só depois disso eles decidiram transferi-lo para o Hospital do Servidor Público Estadual (na capital)", lembrou.
"Quando decidiram pela transferência, a equipe médica me informou que eu não poderia revelar que a reação havia sido causada dentro do Luzia. Era para eu mentir e dizer que a pele dele havia ficado naquele estado enquanto estava em casa. Somente assim conseguiria a vaga. Fui obrigada a mentir", afirmou a mãe.
Assim que chegou ao Servidor, o bebê foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu por 24 dias. "O estado dele era crítico", lembrou a mãe. Em nenhum momento em que ele esteve no Luzia ficou na UTI, sempre na ala Pediátrica.
"No Servidor, ele recebeu toda a assistência necessária e saiu de lá com a pele praticamente recuperada, porém, ficaram sequelas. Os braços e as pernas perderam músculos e meu filho não consegue mais ficar sentado", descreveu. O menino ainda voltou ao Luzia para continuar o tratamento da pneumonia.
No dia 25 de novembro, quase quatro meses após o início do tratamento, recebeu alta. "Saí do hospital sem nenhum tipo de encaminhamento médico. Meu filho precisa passar por uma série de especialistas, como neurologista, dermatologista, pneumologista, entre outros. A orientação que recebi quando deixei o Luzia foi para passar no posto de saúde e pegar encaminhamentos", destacou.
A. S. G. também encontra dificuldades para conseguir o prontuário do bebê. "Voltei ao Luzia hoje (ontem) e me entregaram um papel dizendo que somente terei posse do prontuário daqui a 20 dias".
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