Ela se disse surpresa com avaliação de que vencedora é 'aventureira'.
Grupo Planalto, sem tradição no setor, ofereceu menor preço de pedágio.
A presidenta Dilma Rousseff em Rondonópolis (MT), em inauguração de trecho da ferrovia Ferronorte |
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (19/09/13), em Rondonópolis (MT), que ficou surpresa com avaliações de que a Consórcio Planalto, empresa vencedora da concessão da rodovia BR-050, é “aventureira”.
O grupo venceu nesta quarta (18/0913) o leilão de concessão da BR-050 (que liga Cristalina-GO a Delta-MG, na divisa com São Paulo) com uma proposta de tarifa de pedágio 42,38% menor que o teto estabelecido pelo governo.
“Hoje eu estava lendo de manhã o jornal e vi uma observação que me surpreendeu, que a empresa era uma empresa aventureira, que ganhou porque era aventureira dando deságio de 42%. Você sabe quanto foi o da segunda? Foi 38% ou 37%, se não me engano. Mas não interessa, vamos supor que foi 36%, da terceira [empresa] e da quarta também. Então, você tem hoje um deságio das quatro empresas bastante significativo”, disse a presidente.
Ela concedeu entrevista em Rondonópolis, no Mato Grosso, onde esteve pela manhã para inaugurar trecho de 147 km da ferrovia Ferronorte, além do complexo intermodal da cidade na BR-163. A obra está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e custou R$ 780 milhões, segundo informação do Palácio do Planalto.
Ela concedeu entrevista em Rondonópolis, no Mato Grosso, onde esteve pela manhã para inaugurar trecho de 147 km da ferrovia Ferronorte, além do complexo intermodal da cidade na BR-163. A obra está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e custou R$ 780 milhões, segundo informação do Palácio do Planalto.
Pela concessão da BR-050, o consórcio Planalto deu lance de R$ 0,04534 por quilômetro, o que, na prática, significa que o usuário pagará R$ 4,53 a cada 100 quilômetros rodados.
O grupo, sem tradição no setor de concessões, venceu concorrentes como CCR, Ecorodovias, Arteris, Triunfo, Odebrecht e Queiroz Galvão.
O grupo, sem tradição no setor de concessões, venceu concorrentes como CCR, Ecorodovias, Arteris, Triunfo, Odebrecht e Queiroz Galvão.
O consórcio é formado por nove empresas – oito paulistas e uma paranaense: Senpar (20%), Construtora Estrutural (10%), Construtora Kamilos (10%), Ellenco Construções (10%), Engenharia e Comércio Bandeirantes (10%), Greca Distribuidora de Asfaltos (20%), MaqTerra Transportes e Terraplenagem (5%), TCL Tecnologia e Construções (10%) e Vale do Rio Novo Engenharia e Construções (5%).
Segundo Letícia Queiroz de Andrade, sócia do escritório Siqueira Castro e assessora jurídica do consórcio vencedor, “o grupo é novo, mas todas as empresas são experientes”.
O Grupo Planalto, segundo seus representantes, já atua em diversas obras rodoviárias no estado de São Paulo, operação rodoviária (pedágios) e obras rodoviárias em concessões federais.
O Grupo Planalto, segundo seus representantes, já atua em diversas obras rodoviárias no estado de São Paulo, operação rodoviária (pedágios) e obras rodoviárias em concessões federais.
Na entrevista, a presidente defendeu o lucro por parte das empresas que arrematam as concessões. Segundo ela, é preciso oferecer uma taxa de retorno “significativa” para atrair interessados, mas, ao mesmo tempo, priorizar a rapidez na execução.
“Meu objetivo ao fazer uma concessão é viabilizar uma obra. Quanto mais rápido este complexo industrial intermodal [em Mato Grosso] ficar pronto, melhor é para o país. Quanto mais rápido aquelas coisas que são necessárias ficarem prontas, melhor é. Então, tem que compatibilizar rapidez, taxa de retorno significativa para viabilizar a obra – porque se não tiver uma taxa atrativa, ninguém se interessa – e ao mesmo tempo temos que ter uma tarifa compatível”, disse.
Dilma voltou a dizer que é impossível fazer concessões sem cobrança de pedágio. “Tem estados que se recusam pagar tarifa de pedágio. É impossível fazer concessão sem tarifa de pedágio. Eu também não posso fazer uma concessão e levar dez anos para fazer a obra para a qual a concessão foi destinada”, afirmou.
“Meu objetivo ao fazer uma concessão é viabilizar uma obra. Quanto mais rápido este complexo industrial intermodal [em Mato Grosso] ficar pronto, melhor é para o país. Quanto mais rápido aquelas coisas que são necessárias ficarem prontas, melhor é. Então, tem que compatibilizar rapidez, taxa de retorno significativa para viabilizar a obra – porque se não tiver uma taxa atrativa, ninguém se interessa – e ao mesmo tempo temos que ter uma tarifa compatível”, disse.
Dilma voltou a dizer que é impossível fazer concessões sem cobrança de pedágio. “Tem estados que se recusam pagar tarifa de pedágio. É impossível fazer concessão sem tarifa de pedágio. Eu também não posso fazer uma concessão e levar dez anos para fazer a obra para a qual a concessão foi destinada”, afirmou.
Questionada se as obras da ferrovia Transnordestina estão paradas, Dilma negou e falou em “pessimismo adversativo” ao comentar também sobre a queda da inflação.
“Eu vou dizer uma coisa para vocês, acho que tem – eu não vou dizer que somos absolutamente perfeitos e que está tudo andando – mas acho que tem um pessimismo adversativo. Outro dia eu vi uma manchete que dizia assim: ‘a inflação está caindo, mas não parece’. Acho estranho”, afirmou a presidente, encerrando a entrevista.
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