O paciente chegou ao hospital às 13 horas de ontem. Foi atendido pelas enfermeiras que fazem a triagem, porém, aguardou até as 15h30 para, finalmente, passar por um médico e somente então receber o medicamento para amenizar a cólica renal.
A noiva de Almeida, Patrícia Rodrigues Pereira Barros, 28, descreveu os problemas enfrentados. "Ele estava trabalhando, mas chegou ao ponto que não conseguiu continuar o serviço e foi para o hospital sozinho. Quando chegou, poucas pessoas aguardavam na recepção, no entanto, nenhum médico estava presente", disse.
"Eu cheguei ao Luzia por volta das 15 horas e vi meu noivo sentado em uma daquelas cadeiras na recepção, ardendo em febre e com muitas dores. Fiquei nervosa e entrei nos três consultórios para saber o motivo da demora no atendimento. Para minha surpresa não havia nenhum médico. As salas estavam vazias", contou Patrícia.
Segundo ela, quando o médico finalmente chegou o cenário de tranquilidade visto inicialmente por Almeida era completamente diferente. "Quase 30 pessoas esperavam pelo clínico. Minha revolta foi ainda maior porque chegaram três médicos juntos. E todos começaram a atender no mesmo instante, como se tivessem parado para a hora do almoço ou algo do tipo", criticou a noiva do paciente.
O técnico de instalação de TV a cabo teve uma crise renal semelhante na quarta-feira da semana passada, porém, o atendimento foi rápido: "Ele sentiu dores de madrugada. Foi ao Luzia e foi medicado em poucos minutos. Mas, hoje (ontem), isso não ocorreu e ele teve de permanecer com dor por horas", lamentou Patrícia.
Denúncia
O Luzia de Pinho Melo deverá receber, em breve, mais uma visita dos deputados que formam a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. O vereador e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra, fez o convite na semana passada. Durante a sessão ordinária no Legislativo mogiano, o socialista mostrou um vídeo com imagens que flagraram várias camas nos corredores do hospital.
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